terça-feira, 27 de julho de 2010

LÍDER DO RANKING BRASILEIRO, FILIPE TOLEDO REINA “EM CASA”


odrigo Cardoso ficou com o segundo lugar

Dono das melhores atuações em toda a competição, Filipe Toledo “reinou em casa” na seletiva inicial do Quiksilver King of the Groms, encerrado neste domingo, na Praia de Itamambuca, em Ubatuba. A disputa, com ondas de até um metro, reuniu surfistas com até 16 anos de idade e definiu o primeiro brasileiro para a final mundial do evento, na França, no final de setembro.

Para garantir o título, Filipinho superou o capixaba de Jacaraípe, Rodrigo Cardoso, em mais um desempenho perfeito. Com o apoio da torcida e muitos familiares, incluindo o pai, Ricardo Toledo, ex-bicampeão brasileiro de surf profissional e hoje técnico, o surfista de Ubatuba mostrou estar credenciado à vaga, desde a sua primeira atuação.

Foi o dono das quatro melhores somatórias da etapa, em seis apresentações, com 16,75, 16,0 e 15,25 (uma delas na decisão), de 20 possíveis. Também garantiu as quatro maiores notas do final de semana, com 9,25, 8,75 (na final para assegurar o caneco), 8,5 e 8,25.

“É uma emoção muito grande ganhar o campeonato, principalmente em casa. No ano passado tentei vencer, mas acabei perdendo na semi, para o Jessé Mendes. Agora vim com tudo. Minhas pranchas estão muito boas, estou com bom preparo físico e competi confiante. Nunca fui para a Europa e quero representar muito bem o Brasil e buscar mais um título”, comentou o campeão.

Como prêmio, Filipe terá a passagem aérea, hospedagem e ajuda de custo durante o Quiksilver Pro France, etapa do World Tour, em Hossegor. Já no pódio recebeu a coroa e um bônus de R$ 900,00, uma vez que a Quiksilver decidiu dividir o total das inscrições entre os quatro primeiros colocados. Para chegar ao título, ele trilhou um caminho de sucesso.

O vice-campeão da etapa, apesar da derrota, saiu feliz do mar. Na fase inicial, ele foi o décimo melhor. Depois, superou Filipinho no round 3, o que lhe deu segurança, e no domingo enfrentou Fábio Pereira, de São Sebastião, e Cainã Barletta, de Florianópolis. Na final, não achou boas ondas e sua melhor nota foi um 2,55.

“Eu e Filipe somos grandes amigos, então foi bom disputar a final com ele. Estava meio nervoso no começo e acabei me desconcentrando, indo em qualquer onda. O Filipe soube usar a prioridade e mereceu a vitória”, esclareceu Rodrigo, acrescentando detalhes dentro do mar. “Quando vi a nota 8,75 dele eu falei: Vai devagar ai e demos risada. Foi divertido”, contou. “Agora vou mais motivado para a segunda seletiva e querendo essa vaga”, completou Rodrigo, que garantiu R$ 500,00 de premiação.

MANOBRA INÉDITA GARANTE VITÓRIA DE AUSTRALIANO EM MADRID


Atleta fez uma rotação completa em torno do próprio corpo

Diante de 25 mil fãs na Plaza de Toros de Madri, o australiano Robbie Maddison venceu na noite dessa sexta-feira a quarta etapa da temporada 2010 do Red Bull X-Fighters, o Mundial de MotocrossFreestyle.

Para triunfar, o atleta ousou com uma manobra inédita no X-Fighters, batizada de “Volt”. Trata-se de uma rotação completa do corpo no eixo vertical fora da moto em pleno ar, a 15 metros de altura.

“Não há dúvidas que o Volt me ajudou a vencer”, admitiu o piloto, famoso por saltar a Ponte de Londres no ano passado. “Ainda não acredito que consegui fazer a manobra!”, comentou.

Maddison derrotou na grande final o suíço Mat Rebeaud, campeão de 2008 do Red Bull X-Fighters, que teve seu primeiro resultado expressivo no ano. Rebeaud tenta se recuperar após sofrer uma lesão grave no pulso nos treinos pré-temporada.

Em terceiro, apareceu o norueguês Andre Villa, que assim segue na liderança do campeonato com 310 pontos. Maddison é o segundo com 265, seguido por Nate Adams, que tem 225 e não competiu na Espanha.

A próxima etapa do Red Bull X-Fighters acontece no dia 14 de agosto em Londres. A temporada 2010 termina no Coliseu de Roma em 1º de outubro.

Brasil vence Rússia e é campeão da Liga Mundial pela nona vez

O renovado time do Brasil demonstrou bastante experiência e controle do jogo e venceu a Rússia na grande final da Liga Mundial por 3 sets a 1, parciais de 25/22, 25/22, 16/25 e 25/23 em duas horas de partida e conquistou mais um título da competição, o nono da história do Brasil, ultrapassando a arquirrival Itália em número de conquistas.

A seleção masculina volta ao Brasil no início da tarde desta segunda-feira atingindo a liderança do ranking da Liga Mundial, com 15 medalhas - sendo nove de ouro, duas de prata e quatro de bronze em vinte edições da competição. A Itália perdeu a ponta da tabela, ficando com oito ouros, três pratas e dois bronzes (13 medalhas).

O jogo - A organização da fase final da competição, que ocorre na Argentina, preparou a cerimônia de encerramento da competição organizando as bandeiras dos países em posição que dava à Rússia a primeira colocação, a segunda ao Brasil, com Cuba em terceiro lugar.

O equívoco pode ter incentivado os atletas brasileiros, que tomaram conhecimento desse fato. Tranquilo, o Brasil começou melhor no primeiro set, acertando todos os seus pontos e contando com alguns erros dos russos, que, nervosos, reclamavam bastante com a arbitragem.

Os brasileiros não entraram na catimba europeia, e chegaram às duas paradas técnicas com vantagem no placar, garantindo uma curta vantagem variável de três a quatro pontos, que foi mantida até o final do set em que chegaram à vitória por 25 a 22, após 30 minutos de jogo.

No segundo set, a Rússia começou tendo um melhor desempenho que na primeira parcial, igualando as ações com o Brasil, e impondo algum incômodo ao técnico Bernardinho, aparentemente mais calmo que o comum - ao contrário do time russo, que voltava a creditar aos brasileiros os erros que cometia em quadra, reclamando da arbitragem.

À medida que o set se encaminhava para o seu final, os brasileiros voltaram a tomar a ponta do placar, chegando a abrir quatro pontos após a segunda pausa técnica, encerrando o segundo período em novo 25 a 22, desta vez em 26 minutos.

Reação russa - Na terceira parcial, no entanto, o Brasil relaxou e os russos aproveitaram o momento para tornar o seu jogo mais ofensivo. Em grande atuação na rede, os russos bloquearam pelo menos cinco vezes no período, passando à frente no placar e abrindo a maior vantagem da partida, de seis pontos desfavoráveis ao Brasil na segunda pausa técnica.

Na volta à quadra, Bernardinho realizou várias alterações na equipe, como as entradas do capitão Giba e do levantador Bruninho, que pouco jogaram na fase final. João Paulo e Sidão foram outros a sair do banco, mas a situação de nada adiantou, e o Brasil acabou perdendo o terceiro set por 25 a 16, em 24 minutos.

No terceiro set, o jogo persistiu com o empate rigoroso do início da segunda parcial, até que o Brasil errou um bloqueio e sofreu outro, e deu uma vantagem de dois pontos ao time russo na primeira pausa técnica. Após algum tempo perdido, o time brasileiro encontrou forças e tirou uma diferença de três pontos ao empatar em 13 a 13, obrigando o técnico do time russo, o italiano Danielle Vagnoli, pedir tempo.

O Brasil chegou a virar o placar, chegando a fazer 15 a 14, mas viu os russos voltarem a acertar no bloqueio, marca de sua recuperação parcial, e chegaram a 16 a 15 na segunda pausa. Depois dela, continuaram a se recuperar no set e voltaram a colocar quatro pontos a seu favor, em 20 a 16 - o que fez o técnico Bernardinho pedir tempo.

Brasil reage e é campeão - A pausa surtiu efeito, e o Brasil passou a utilizar as armas dos russos, em ataques centrais e bloqueios na mesma região da rede. Assim, os russos sentiram a pressão e deram quatro pontos aos brasileiros, fazendo com que Vagnoli resolvesse parar o jogo.

Na volta à quadra, o Brasil conseguiu explorar o bloqueio rival a seu favor e conseguiu virar o jogo, chegando a fazer 24 a 22 no placar do set. Dante teve um match point, mas acabou errando em novo bloqueio russo. Em saque errado do russo Krasikov, o Brasil faz o 25º ponto e fecha o jogo em 3 sets a 1, em duas horas e nove minutos de jogo, com o tradicional peixinho da vitória dado pela nona vez na história da Liga. Realmente, a organização argentina terá que alterar as bandeiras de lugar outra vez.


sábado, 24 de julho de 2010

Mano: 'Somos os melhores do mundo. É oportunidade única'

Para o novo técnico da Seleção Brasileira, ter sido a segunda opção da CBF não fez diferença: é uma oportunidade que pode não se repetir


Mano Menezes coletivaMano, o novo técnico da Seleção (Foto: Gustavo Tilio)

Antes de aceitar o convite para ser o técnico da Seleção Brasileira, Luiz Antônio Venker de Menezes fez perguntas a Ricardo Teixeira.

- Quis saber se estava tudo certo com o primeiro convite que tinha sido feito ao Muricy. Se o Muricy já tinha tido sua posição final... Porque eu não gosto de atropelar fatos - contou o treinador, em entrevista exclusiva ao "Jornal Nacional".

Ele não demonstrou o menor constrangimento por ter sido a segunda opção da CBF.

- As trajetórias profissionais não nos oferecem tantas oportunidades. Ou grandes oportunidades repetidas - disse.

Mano se despede do Corinthians neste domingo, após o jogo contra o Guarani, pelo Campeonato Brasileiro, a ser realizado no Pacaembu, às 18h30. Na segunda-feira, será apresentado oficialmente pela CBF e já fará sua primeira convocação - para o amistoso contra os Estados Unidos, em 10 de agosto.

- O técnico da Seleção Brasileira é um privilegiado. Você poder escolher os melhores jogadores para compor uma equipe dentre os melhores do mundo... E somos os melhores do mundo! É, sem dúvida nenhuma, uma oportunidade única! - definiu.

Confira a classificação do Campeonato Brasileiro

Primeira etapa equilibrada

soares vitória joão vítor grêmio prudente
Soares perdeu pelo menos dois gols claros para o
Vitória (Foto: Célio Messias / Agência Estado)

Se o dono da casa era o Prudente, quem começou ameaçando a meta do goleiro Giovanni foi o Vitória. Aos quatro minutos, Soares recebeu no segundo pau e chutou cruzado, pela linha de fundo. A resposta veio em seguida. Wesley se livrou da marcação, ficou de frente para a meta, mas demorou a finalizar. Na sequência, a defesa do Vitória chegou no desarme.

Aos 21, Wanderley fez boa jogada pela esquerda, e cruzou no segundo pau. Wesley chegou atrasado e caiu na área, junto à marcação. O árbitro, em cima do lance, mandou seguir. Logo depois, David Sacconi recebeu na área, mas tropeçou. O arqueiro Lee saiu na bola e ambos trombaram. O paranaense Evandro Rogério Roman novamente estava bem colocado prosseguiu.

O jogo estava equilibrado. Aos 25, João Victor arriscou de longe e Lee, atento, espalmou para escanteio. Depois do tiro de canto, Leonardo subiu mais que todo mundo e testou firme. Renato desviou a trajetória da bola, que ia para o gol rubro-negro. Aos 31, Paulo César desceu pelo meio e deixou com David Sacconi. O meia clareou e chutou forte, Lee espalmou.

Aos 33, Renato, de cabeça, aproveitou o cruzamento na área do Prudente, mas mandou sobre o gol de Giovanni. Dois minutos depois, Ricardo Conceição chutou da entrada da área, pela linha de fundo. Soares, aos 38, perdeu a melhor chance do Vitória quando, de frente para a meta, cabeceou rente à trave. No último lance do primeiro tempo, após o escanteio, Leonardo cabeceou sobre a meta.

Times permanecem iguais

Na volta do intervalo, o técnico Toninho Cecílio mexeu no Prudente. Wanderley sentiu a coxa e saiu para a entrada de Araújo. O Vitória não mudou. De novo os visitantes chegaram com perigo. Soares, cara a cara, chutou pela linha de fundo, aos quatro minutos. Giovanni estava na jogada. Rodrigo Mancha, aos sete, respondeu com um chutaço, de fora da área, que saiu em tiro de meta.

Todavia, aos 13, Renato abriu com Soares, na área, que chutou de primeira. Giovanni espalmou. Toninho Cecílio, percebendo que sua equipe perdia espaços, tirou o meia Carlos Eduardo para a entrada de Willian, reforçando a linha de frente. Aos 16, Renato arriscou de longe, e Giovanni mandou para escanteio. Dois minutos mais tarde, Araújo recebeu o lançamento, na entrada da área, e mandou de canhota. Lee não deu o rebote.

O treinador Ricardo Silva, do Vitória, assim como o da equipe anfitriã, deixou sua equipe com três atacantes ao tirar Renato - cérebro do meio de campo rubro-negro - e colocar o garoto Elkeson, aos 24. Ao mesmo tempo, David Sacconi - muito vaiado pelos torcedores prudentinos - saiu para a entrada de Diego e, desta forma, o esquema do Prudente passou para o 3-5-2, liberando Marcelo Oliveira pela ala esquerda.

Aos 30, Lee Winston, o goleiro com nome diferente, fez uma defesa espetacular, salvando o Vitória, após a cabeçada de Anderson Luis. Um minuto depois, o inoperante Schwenck cedeu o posto para Júnior, assim como Neto Coruja, que substituiu Fernando, no Leão do Barradão. Sem poder mais mexer em suas respectivas equipes, os comandates tentaram, na base do grito, orientar os jogadores a caminho do gol. Aos 38, Lee salvou em cima da linha, após o escanteio.

Cidadania...

Cidadania é a qualidade ou estado de cidadão, e cidadã, por sua vez, é aquele que goza seus direitos civis e políticos.

Todos deveriam ser cidadãos, mas sabemos que isso não acontece. O que pode impedir que alguém goze plenamente seus direitos civis e políticos?

Quem falou preconceito, acertou. E também a pobreza extrema. Quanto mais discriminado, ou mais pobre – que geralmente dá no mesmo –, menos direitos o sujeito tem. Não deveria ser assim, mas é.

O que o esporte tem a ver com cidadania? Tudo. Tudo? Sim, no nosso País, tudo. É só pegar a história recente do esporte e traçar uma comparação com a do povo brasileiro. Andam juntas. Os exemplos são vários...